Você será feliz no seu trabalho quando sentir que o dinheiro que recebe por ele é uma Consequência e não uma Causa. Quando isso acontecer a sua vida se tornará próspera e abundante, sem esforço e sem sacrifício, simplesmente porque você ama o que faz.
A felicidade e o bem-estar do ser humano está muito ligada ao trabalho que tem. Afinal a maioria das pessoas passa mais tempo no seu local de trabalho do que em casa.
É quase incompreensível como o objetivo último de todo o ser humano é ser feliz, e todos os pilares da educação e da sociedade no geral, remetem esse objetivo para segundo plano, desvalorizando os talentos e as capacidades de cada um. Temos um ensino castrador de talentos, desinteressante e com objetivos voltados sempre para o sucesso económico, que não valoriza as pessoas pelo que são, mas sim pela sua capacidade de realizar tarefas e com isso produzir dinheiro. A grande maioria segue esse caminho roboticamente, levados pelo coletivo, como se a almejada felicidade estivesse para lá de todas essas conquistas materiais. No início de vida até parece que sim, que se é feliz por isso, mas depressa o cansaço e o questionamento surgem como voz de alerta, envolta numa angústia enorme, por se perceber que tudo o que julgávamos até aí, era despido de qualquer valor e que possivelmente percorremos um enorme equívoco que agora tanto custa a aceitar.
E isto porquê? Porque aceitamos trabalhar em algo que não nos preenche na nossa essência, que nada tem a ver connosco, aceitamos por CAUSA do dinheiro. O resultado é desmotivação, dor, desânimo, desinteresse e finalmente, doença.
A responsabilidade da vida que temos é de cada um. Seria fácil apontar a sociedade, a família ou o sistema de ensino como causas, mas não, a decisão consciente ou não, é sempre de cada individuo, tal como as consequências de todos os atos que produz na vida.
A determinação e coragem que muitas vezes é preciso ter para lutar por uma profissão que nos preencha totalmente, que nos faça saltar da cama com vontade de construir algo, de criar algo dia após dia, é sempre recompensada mais tarde, porque o foco não está no aspeto material, mas sim na essência e no propósito da alma.
Alguém que ama o que faz e lutou por isso, é alguém que se ama, que se prioriza, que valoriza o seu tempo, encontra na satisfação do que faz, a sua primeira recompensa, e a isso chamamos conexão com o Universo e quando isso acontece, ele devolve o que for preciso para que essa conexão se mantenha. É a diferença entre trabalhar para viver e viver trabalhando, é a diferença entre trabalhar para ganhar e ganhar trabalhando.
A ideia que os sucessos na vida só se alcançam com sacrifício e suor é um erro enorme. Nem tudo surge pelo lado doloroso da vida, mas também nem tudo é sorte ou facilidades. Se num processo de formação, curso etc, nos debatemos regularmente como a desmotivação, desinteresse e sacrifício, o que podemos esperar no futuro? Será que estes sinais de desinteresse se vão converter num mar de felicidade e prazer? Deixo ao leitor a resposta.
Ser feliz é um estado de alma, não é a procura incessante de momentos de felicidade para tentar esquecer ou apaziguar momentos de tristeza ou sofrimento. Aquilo que fazemos na vida e que nos traz o sustento, tem um papel primordial nessa linha continua que deverá ser o estado de felicidade. A linha continua de que falo, é viver a semana da mesma forma e com o mesmo entusiasmo que vive o fim de semana, é viver o trabalho como vive os momentos de lazer, com consciência, com gratidão por poder desfrutar deles, cada um a seu tempo com igual prazer e intensidade.
Para uns poderá parecer utópico, para outros uma verdade constatada pela sua própria experiência, para outros ainda um ponto de partida para mudar e procurar dentro si o talento, o sonho que ficou lá a trás e que sempre vai a tempo de por em prática.
Somos Seres espirituais fascinados pela matéria, mas ao mesmo tempo é ela que nos limita e destrói, não pela matéria em si, mas pela forma como lidamos com ela. Não temos que a rejeitar, mas sim integrá-la, transcendendo-a, entendendo que somos muito mais do que isso…simples matéria.
Carlos Dionísio
18/10/2018
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